Aborto

Aborto é o nome dado à interrupção de uma gravidez, seja ela por causas naturais ou intencionais. No Brasil, o aborto é considerado um crime, salvo alguns casos isolados.

Aborto: interrupção da gravidez.
Aborto: interrupção da gravidez.

Aborto é o nome dado à interrupção de uma gravidez, seja ela por causas naturais, como por erros durante o processo de desenvolvimento do embrião, inviabilizando-o; acidentais, como em decorrência de acidentes; ou intencionais. No primeiro caso, geralmente ele ocorre no início da gestação, e tem como característica principal o sangramento vaginal – este que pode estar relacionado a outras causas também.

Os abortos intencionais ocorrem por diversos motivos, sendo alguns amparados por lei. Em nosso país, ele é permitido somente em casos de estupro ou quando oferece riscos de vida à mãe. Em algumas situações nas quais o feto apresenta anomalias graves, esse direito também pode ser concedido. Sucção, curetagem, dilatação e expulsão, e injeção de solução salina; são os principais métodos utilizados.

Fora dessas condições, pelos demais motivos, no Brasil, o aborto é considerado um crime. Tal fato divide a opinião das pessoas. Na verdade, nem mesmo há consenso sobre quando podemos considerar que já existe vida ali, no ventre feminino. 

Dentre os argumentos contra o aborto, estão aqueles que frisam que tal prática provoca a morte de um ser indefeso, geralmente fruto de um ato de irresponsabilidade – uma vez que existem eficientes métodos contraceptivos que, inclusive, podem ser disponibilizados gratuitamente pelos serviços públicos de saúde. Quanto aos favoráveis à prática, os principais argumentos defendem que o Estado não deveria retirar a autonomia de decisão da mulher sobre seu corpo; e a opinião de que a maternidade deveria ser uma escolha, e não uma imposição – situação esta que pode desencadear resultados drásticos como abandono e maus tratos à criança.

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Uma questão que vale ressaltar é que ser a favor ou contra o aborto é diferente de ser a favor ou contra sua descriminalização. Uma mulher pode, por exemplo, ter a convicção de que jamais abortará em sua vida, mas pode também não concordar com o fato de que aquelas que cometeram tal ato sejam presas. Assim, pode ser considerado que ela é contra o aborto, e também contra sua criminalização.

É fato que a criminalização do aborto não impede que muitas mulheres o façam. Um número significativo delas, por falta de condições financeiras para pagar por um procedimento mais seguro – embora também clandestino – recorre a meios que podem ser muito perigosos, como a ingestão de remédios ou “garrafadas”, ou ida a clínicas de aborto sem as mínimas condições de higiene e profissionais qualificados. Assim, estão sujeitas a sofrerem sequelas graves, como comprometimento do útero, perfurações abdominais, hemorragias, infecções e problemas de infertilidade. Vale lembrar, também, que tais procedimentos abortivos estão entre as principais causas de morte materna no Brasil; e matam pelo menos uma mulher a cada dois dias.

O último motivo citado acima é o que faz com que algumas pessoas sejam a favor da descriminalização do aborto, que nesses casos acaba por se tornar um sério problema de saúde pública.

Independentemente da opinião pessoal de cada um, é verdadeira a ideia de que a educação sexual, políticas públicas voltadas para o planejamento familiar, e a acessibilidade a acompanhamento psicológico daquelas mulheres vulneráveis frente à situação; são medidas que podem prevenir significantemente esse problema.

Por: Mariana Araguaia

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