Sistema imunitário

Os linfócitos T matadores detectam e destroem células anormais
Os linfócitos T matadores detectam e destroem células anormais

O corpo humano dispõe de diversas estruturas e mecanismos para se proteger de microrganismos invasores (vírus, bactérias, protozoários e fungos) e da entrada de agentes nocivos (veneno de animais peçonhentos e venenosos ou de plantas venenosas). Para tanto, existem barreiras físicas, tais como a pele e as membranas que revestem os órgãos internos, e um mecanismo fisiológico atuando no intuito de fornecer imunidade (do latim immunis, livre isento, neste caso, livre de doenças) ao organismo. Este mecanismo fisiológico faz parte da ação do sistema imunitário ou sistema imune ou sistema imunológico.

Dentre as células que participam da defesa corporal se destacam os macrófagos e os linfócitos.

Macrófagos – são células que estão constantemente se movimentando nos tecidos ou circulando no sangue (são chamados de monócitos quando estão no sangue) e que têm a função de retirar por meio de ingestão (fagocitose) as células mortas, resíduos celulares, agentes estranhos ao organismo etc. Essas células são as primeiras do sistema imune a entrar em ação no processo de defesa do organismo.

Linfócitos – são um tipo de leucócito (glóbulo branco) presente no sangue. Existem três tipos principais de linfócitos que atuam na resposta imunológica:

Linfócitos B – são as células responsáveis pela produção de anticorpos, quando maduras. Nesta fase são chamadas de plasmócitos.

Linfócitos T matadores – também chamadas de células CDB ou citotóxicos, possuem a função de detectar e destruir células anormais ou infectadas por vírus, bem como células estranhas ao corpo.

Linfócitos T auxiliadores – também chamadas de células CD4, são responsáveis por estimular a atuação dos linfócitos na produção de anticorpos, através da mensagem recebida pelos macrófagos da entrada de agentes estranhos no corpo. A ativação dos linfócitos T matadores e dos linfócitos B depende do funcionamento dos linfócitos T auxiliadores.

Os órgãos do sistema imunitário são de dois tipos:

Órgãos imunitários primários – são assim denominados por serem os principais locais de formação e amadurecimento dos linfócitos. São constituídos pela medula óssea e pelo timo. O primeiro órgão é responsável pela produção dos linfócitos B e os linfócitos T e pelas demais células sanguíneas. É também na medula que ocorre o amadurecimento dos linfócitos B. Já ó timo é responsável pelo amadurecimento das células T.

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Órgãos imunitários secundários – são representados pelos linfonodos, tonsilas, baço, adenoides e pelo apêndice cecal. Estes são os órgãos responsáveis pela recepção e multiplicação dos linfócitos B e linfócitos T, após entrarem em circulação. Nos linfonodos, os linfócitos detectam a presença de agentes estranhos na linfa ou no sangue e então iniciam o processo de multiplicação de células capazes de combater os invasores, nas adenoides, tonsilas, linfonodos, apêndice cecal ou no baço.

Como ocorre o combate de agentes estranhos pelo sistema imunitário?

Quando uma substância estranha entra no organismo, ela é detectada pelos macrófagos, que a combate diretamente e comunica aos demais componentes do sistema imune sobre a invasão. Essa substância é parcialmente digerida pelos macrófagos, ficando os antígenos expostos na superfície de suas membranas. A partir de então os linfócitos auxiliadores reconhecem os antígenos e se ligam a eles para combatê-los. Neste momento estes linfócitos também liberam compostos denominados interleucinas, que ativam e estimulam a multiplicação de linfócitos T auxiliadores. Estes novos linfócitos, além de contribuírem na intensificação do combate ao invasor, liberam outros tipos de interleucinas, que estimulam os linfócitos T matadores e os linfócitos B. Este processo ocorre até que os antígenos desapareçam.

O organismo possui um mecanismo que acelera o combate de invasores com os quais já esteve em contato. Este mecanismo se chama memória imunitária e ocorre através do armazenamento de linfócitos especiais, que atuaram em processos imunitários passados. Estas células, por armazenar a capacidade de reconhecer determinados antígenos, são denominadas de células de memória. Quando um novo ataque ocorre, por antígenos conhecidos, estas células são ativadas e estimuladas a se reproduzirem, de forma muito mais rápida do que no primeiro contato com esses invasores.

Por: Flávia de Figueiredo Machado

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