Dez máximas de Epicuro sobre a amizade e a felicidade

Por meio das máximas de Epicuro, podemos analisar seus conceitos fundamentais.

Pouco restou daquilo que foi escrito por Epicuro
Pouco restou daquilo que foi escrito por Epicuro

Epicuro escreveu mais de trezentos tratados sem referência a outros pensadores, ao contrário, por exemplo, de Crisipo, que escrevia réplicas aos adversários e permeadas de citações. Sabemos por meio de seu discípulo, Diógenes Laércio, um pouco dos temas sobre os quais Epicuro versava e alguns detalhes a respeito do conteúdo desse pensador, incluindo um Tratado da Natureza, composto de trinta e sete livros e no qual defendia sua teoria atomista sobre os átomos e o vazio. Destacamos, também, suas cartas a Meneceu, Heródoto e a Pítocles, transcritas pelo próprio Diógenes. No entanto, sobre a maior parte das obras, não é possível saber nada além do título. Da sua vasta obra, muito pouco sobreviveu aos nossos dias.

Destacamos algumas das máximas de Epicuro a respeito da amizade e da felicidade.

Sobre amizade:

1) “De todas as coisas que nos oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade”.

2) “Não temos tanta necessidade da ajuda dos amigos como de confiança na sua ajuda.”

3) “Toda amizade é desejável por si própria, mas inicia-se pela necessidade do que é útil”.

4) “Não é amigo quem sempre busca a utilidade, nem quem jamais a relaciona com a amizade, porque um trafica para conseguir a recompensa pelo benefício e o outro destrói a confiada esperança para o futuro”.

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5) “No que se refere à amizade, não há que apreciar nem os que estão sempre dispostos nem os que recuam, pois que por ela se devem afrontar os perigos”.

Sobre a felicidade:

6) “O essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima: e desta somos nós os amos.”

7) “Chamamos ao prazer princípio e fim da vida feliz. Com efeito, sabemos que é o primeiro bem, o bem inato, e que dele derivamos toda a escolha ou recusa e chegamos a ele valorizando todo bem com critério do efeito que nos produz.”

8) “Nem a posse das riquezas nem a abundância das coisas nem a obtenção de cargos ou o poder produzem a felicidade e a bem-aventurança; produzem-na a ausência de dores, a moderação nos afetos e a disposição de espírito que se mantenha nos limites impostos pela natureza.”

9) “A ausência de perturbação e de dor são prazeres estáveis; por seu turno, o gozo e a alegria são prazeres de movimento, pela sua vivacidade.”

10) “A quem não basta pouco, nada basta.”

Por: Wigvan Junior Pereira dos Santos

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