O grau dos adjetivos

Representa as distintas flexões inerentes a esta classe
Representa as distintas flexões inerentes a esta classe

Ao falamos sobre o grau, remetemo-nos à ideia das flexões da classe dos adjetivos, uma vez que, semelhantemente aos substantivos, apresentam variações distintas, levando em consideração alguns aspectos específicos.

Tal variação (a de grau) está associada ao ato de intensificar ou comparar as características que ao adjetivo se deseja atribuir, subdividindo-se em duas modalidades: grau comparativo e superlativo.

No primeiro, compara-se a mesma característica a qual se atribui a dois ou mais seres ou duas ou mais características, estando elas atribuídas a um mesmo ser. O grau comparativo subdivide-se em:

Comparativo de igualdade: João é tão bondoso quanto seu irmão.
Comparativo de inferioridade: João é menos bondoso que seu irmão.
Comparativo de superioridade: João é mais bondoso que seu irmão.


Destacando de forma enfática, temos que os adjetivos “bom, mau, pequeno e grande” possuem formas sintéticas para o grau comparativo de superioridade, equivalente a “maior, menor, melhor e pior”. Assim, exemplificando, temos:

Os resultados foram melhores que os outros.
Minha escolha foi pior que a sua.


As formas analíticas referentes a “mais bom”, “mais mau”, “mais grande”, “mais pequeno” somente devem ser empregadas quando se compara duas características de um mesmo ser. A título de expressá-las, temos:

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Pedro é mais bonito (do) que inteligente.
O cão é mais mau (que) que bonito.
Aquele país é mais grande (do) que desenvolvido.  


No grau superlativo, a característica é intensificada de forma relativa ou absoluta. O superlativo relativo se dá por meio de uma intensificação atribuída a todos os demais seres de um conjunto, manifestando-se sob duas formas:


Superlativo relativo de inferioridade:

A aluna é a menos estudiosa de todos.


Superlativo relativo de superioridade:

João é o mais esforçado de todos os alunos.


No grau superlativo absoluto, a característica que se atribui a um determinado ser se dá de forma excessiva, podendo materializar-se de forma analítica ou sintética. Desta forma, vejamos:


- O superlativo absoluto analítico é constituído, geralmente, por um advérbio.


Os professores são demasiadamente exigentes.
Sua opinião é muito válida.


- O superlativo absoluto sintético é formado por meio do emprego de sufixos. Entre eles, o que mais se destaca é o sufixo “-íssimo”.

Este material é originalíssimo.
Foi uma tarde agradabilíssima. 

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Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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