Predicativo do objeto

O predicativo do objeto dá uma qualidade ao objeto, tanto direto quanto indireto
O predicativo do objeto dá uma qualidade ao objeto, tanto direto quanto indireto

Em se tratando de nossos conhecimentos linguísticos, damo-nos conta da existência do predicativo do sujeito – ora representado por uma qualidade atribuída ao sujeito. Agora, seria o predicativo do objeto constituído de tais características? É o que descobriremos a seguir:

Os garotos adquiriram os livros antigos.

Analisando o verbo de ação (adquirir), temos que o termo “livros antigos” representa o complementa do qual ele necessita, para ser dotado de sentido. Estamos, pois, diante do chamado objeto direto, haja vista que não se constitui de preposição. Mas “antigos” não seria uma qualidade atribuída a tal complemento?

Sim, razão pela qual ele é considerado o predicativo do objeto. Há nele um aspecto que deve ser sempre levado em conta, talvez o essencial: para haver predicativo do objeto têm de constar na oração dois verbos: um nocional (de ação) e outro não nocional (de estado). Dessa forma, analisando tal enunciado, constatamos que há a presença de ambos os verbos, assim manifestados:

Os garotos adquiriram os livros (e eles eram) antigos.

Certifiquemo-nos de outros aspectos, também relevantes:

* O predicativo do objeto sempre acompanha o verbo de ligação, embora ele sempre esteja implícito.

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* Tal termo pertence ao predicado verbo-nominal, ou seja, aquele que se constitui de um verbo nocional (no caso do exemplo, faz referência a adquiriram) e de um nome (que no caso é o adjetivo = antigos).

* A formação do predicativo do objeto se dá por um adjetivo ou por um substantivo, assim como no exemplo:

Elegeram Paulo presidente.

Elegeram quem? Paulo.
Presidente, que é um substantivo, caracteriza-se como o predicativo do objeto. 

Percebemos que em todos os exemplos o predicativo do objeto se deu com verbos transitivos diretos. Contudo, alguns gramáticos consideram que tal ocorrência também se manifesta com verbos transitivos indiretos, como é o caso de “crer”, “nomear”, “eleger”, “julgar” e “estimar”. De um modo geral, quando o verbo “chamar” tem sentido de “atribuir um nome a”, podemos notar também tal ocorrência. Vejamos um exemplo:

Chamavam-lhe traidor. 

Chamavam a quem de traidor? A ele.
Traidor, portanto, representa uma característica que se atribui ao objeto indireto – a ele. 

Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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