Cetáceos

As baleias e os golfinhos são mamíferos aquáticos pertencentes ao grupo dos cetáceos
As baleias e os golfinhos são mamíferos aquáticos pertencentes ao grupo dos cetáceos

Os cetáceos, mais conhecidos como baleias e golfinhos, compreendem uma ordem de mamíferos marinhos aerodinâmicos, com aproximadamente 78 espécies. Neste grupo se encontra o maior ser vivente atual, a baleia azul.

Os cetáceos atuais se dividem em duas subordens: Odontoceti ou odontocetos e Mysticeti ou misticetos. Da primeira fazem parte os golfinhos (ex. boto-cinza e golfinho-rotador) e os narvais. São caracterizados por possuírem dentes que aparecem ao final da lactação, em formato cônico, no geral, e iguais; com exceção aos narvais, que, no caso dos machos, possuem um único dente especializado que se prolonga para fora da boca, formando uma estrutura comprida e pontiaguda. Possuem, em sua maioria, corpo pequeno e crânio modificado, prolongado na região anterior, e um orifício respiratório.

Do grupo dos misticetos fazem parte, em geral, os grandes cetáceos (ex. baleia franca, baleia-azul e baleia jubarte), tendo como maior característica a presença de barbatanas, estruturas responsáveis por filtrar o alimento da água, constituídas de cerdas queratinizadas. Além disso, possuem dois orifícios respiratórios.

Essa ordem é mundialmente conhecida como “whales”, termo que traduzindo para o português significa “baleias”, o que gera certa confusão na denominação dos representantes do grupo. De modo geral, na classificação popular, as espécies com mais de 4 metros de comprimento são chamadas de baleias e as espécies menores são chamadas de golfinhos. Como exceção, temos as orcas e as cachalotes, que de acordo com as suas características são golfinhos (grupo Odontoceti), mas são amplamente chamadas de baleias.

Assim como todos os mamíferos aquáticos, os cetáceos apresentam adaptações a este tipo de ambiente. As principais adaptações desse grupo são:

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  • Corpo hidrodinâmico – forma corporal que os permitem deslizar facilmente no ambiente marinho.
  • Redução na quantidade de pelos – na evolução desse grupo houve redução na quantidade de pelo corporal, estes estando presentes somente na fase fetal e quando filhotes, na região dorsal do rosto (“focinho”).
  • Locomoção por propulsão pela cauda em posição horizontal
  • Redução dos membros posteriores.
  • Modificação dos membros anteriores em nadadeiras. Estes membros não possuem dedos individualizados externamente. Possuem a função de fornecer estabilidade corporal.
  • Aquisição de uma espessa camada de gordura sob a pele, que os protegem do frio.
  • Migração das narinas para o alto da cabeça.
  • Sistema circulatório que possui um mecanismo fisiológico de troca de calor denominado contracorrente, que é uma adaptação ao frio.

As nadadeiras dos cetáceos podem ser de três tipos: laterais, dorsais e caudais. É importante destacar que a estrutura mais ou menos triangular presente no dorso de algumas espécies de cetáceos e até mesmo nos tubarões (peixes cartilaginosos) é denominada nadadeira dorsal e não barbatana, como muitos dizem.

Outra confusão bastante comum em relação aos cetáceos refere-se à falsa ideia de que eles ejetam um esguicho de água pela narina (no caso dos odontocetos, ou narinas, no caso dos misticetos). Esse esguicho parece ser de água, mas não é. Na verdade, o que ocorre é que o ar quente eliminado pelos pulmões ao entrar em contato com a atmosfera se condensa, formando partículas de água.

Por: Flávia de Figueiredo Machado

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