Sociedade dos cupins

No centro da imagem podemos observar uma rainha com seu abdome cheio de ovos
No centro da imagem podemos observar uma rainha com seu abdome cheio de ovos

Os cupins, também chamados térmitas, são insetos pertencentes à ordem Isoptera, que vivem em túneis no interior do solo ou madeira, alimentando-se basicamente de celulose.

Assim como a sociedade das abelhas, a sociedade dos cupins é dividida em três castas, a dos soldados, a dos operários e a das rainhas e reis.

O grupo dos cupins soldados é composto por machos e fêmeas estéreis dotados de patas e mandíbulas muito fortes, sua principal função é defender o cupinzeiro contra inimigos. São animais muito agressivos e aparecem em grande número quando o ninho é perturbado.

O grupo dos cupins operários é constituído por machos e fêmeas estéreis, que exercem diversas funções dentro da sociedade, como cavar túneis, coletar alimento e cuidar das larvas. Constitui a maior parte dos indivíduos da colônia e são os cupins que vemos quando observamos uma madeira infestada.

O rei e a rainha são organismos férteis, cuja principal função é originar todos os membros do cupinzeiro. A época da reprodução desses insetos ocorre nos meses quentes e úmidos do ano. É nessa época que reis e rainhas alados emergem do cupinzeiro em revoadas, principalmente ao entardecer, formando nuvens em torno das lâmpadas. Muito conhecidos como aleluias ou siriris, esses reis e rainhas não copulam durante o voo, e sim no solo, depois de perderem suas asas. Ao contrário do que ocorre com outros insetos que vivem em sociedade, o rei não morre após a cópula, ele permanece com a rainha na câmara nupcial fecundando-a periodicamente. À medida que vai sendo fecundada, a rainha produz ovos que ficam armazenados em seu abdome, que se desenvolve atingindo enorme tamanho. Ela é capaz de viver cerca de 25 a 50 anos, colocando até 3 milhões de ovos por ano.

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Os cupins são insetos que reaproveitam as fezes dos indivíduos da colônia e realizam a trofolaxia, ou seja, passam o alimento de boca em boca. Essa troca de alimento pela boca proporciona uma comunicação através da passagem de feromônios característicos de cada casta. São esses feromônios que, quando transmitidos pela boca a um recém-nascido, provocam estímulos que induzem sua diferenciação no tipo de casta de que a sociedade está precisando naquele momento. Dessa forma, se houver um bom número de operários, mas faltar soldados, o feromônio inibe a formação de novos operários e estimula a formação de soldados.

Por: Paula Louredo Moraes

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