Cânions

Os cânions são formas de relevo caracterizadas pelas suas paisagens imponentes e o caráter lento e gradual de suas origens.

Bela paisagem formada pela Grand Canyon, no estado do Arizona (EUA)
Bela paisagem formada pela Grand Canyon, no estado do Arizona (EUA)

Os cânions são profundos vales que se estendem em largas extensões e em grandes profundidades. Todavia, não se trata de um vale comum, mas sim de uma depressão relativa com descidas muito íngremes, formando verdadeiros paredões naturais que foram formados lentamente ao longo do passar das eras geológicas da Terra.

Em virtude de suas paisagens peculiares, os Cânions são bastante visitados em todo o mundo, tornando-se pontos de grande atratividade turística. O mais conhecido, sem dúvidas, é o Grand Canyon, nos Estados Unidos, que recebe uma média de cinco milhões de visitas anuais em seu parque nacional.

Também existem vários cânions nos Brasil, incluindo a Garganta do Diabo, no rio Iguaçu. Além dela, temos os cânions de Itaimbezinho (SC e RS), da Fortaleza (RS), o Guartelá (PR), o Cânion do Xingó (SE), entre muitos outros. O Parque Nacional de Aparados da Serra – que reúne um conjunto de cânions entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul – é considerado como o maior entre essas paisagens na América Latina.

Vista do Cânion de Itaimbezinho, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Vista do Cânion de Itaimbezinho, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Como se formam os cânions?

Conforme já mencionamos, os cânions são formados lentamente ao longo de milhares de anos. Eles são resultantes de uma combinação entre os agentes internos e externos que formam e transformam o relevo terrestre, principalmente o tectonismo e a erosão.

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Basicamente, os movimentos e os eventuais choques entre as placas tectônicas provocam a insurgência de transformações internas na crosta terrestre, o que inclui o soerguimentos de determinadas áreas, ou seja, a sua elevação gradativa. Assim, quanto mais inclinada é a superfície, mais erosiva é a ação dos rios e das águas das chuvas que escoam superficialmente, abrindo, ao longo do tempo, grandes e profundas crateras.

Portanto, podemos dizer que, enquanto o tectonismo “ergue” o relevo, os rios ficam mais rápidos e “escavam” cada vez mais intensamente a superfície, formando os profundos vales e suas exuberantes paisagens. Como se trata de um processo muito longo, as transformações tectônicas podem cessar ao longo do tempo e até os rios deixarem de existir, de modo que os cânions ficam apenas como um “rastro” das ações dos elementos naturais terrestres.

Os cânions são, além de belas paisagens, uma verdadeira amostra do passado geológico da Terra, além de revelar em suas paredes algumas das dinâmicas internas do ambiente imediatamente próximo. Não obstante, eles constituem a prova exata do quanto o relevo terrestre é dinâmico e transforma-se ao longo do tempo.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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