Rio Grande do Norte

 Rio Grande do Norte, localizado na região Nordeste do Brasil, é um estado que faz fronteira com dois outros estados (Ceará e Paraíba) e tem o litoral banhado pelo oceano Atlântico, a norte e a leste. Sua sigla é RN.

Confira alguns dados selecionados do Rio Grande do Norte, estado que é grande produtor de energia eólica no país, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Tópicos deste artigo

Dados gerais do Rio Grande do Norte

  • Região: Nordeste

  • Capital: Natal

  • Gentílico: potiguar, norte-rio-grandense, rio-grandense-do-norte

  • Governo: democrático representativo

  • Área territorial: 52.809,601 km² (IBGE)

  • População: 3.534.165 de habitantes (IBGE, 2020)

  • Densidade demográfica: 59,99 hab./km² (IBGE)

  • Fuso: -3 GMT

  • Clima: Tropical

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Geografia do Rio Grande do Norte

Localizado na região Nordeste do país, Rio Grande do Norte faz fronteira com:

O estado é conhecido como a “esquina do continente” devido a essa localização. É a unidade federativa mais próxima dos continentes africano e europeu.

O relevo norte-rio-grandense possui planícies litorâneas, planaltos ao centro e depressões sertanejas nas áreas interioranas. As planícies, localizadas no litoral, são famosas por abrigar dunas e tabuleiros costeiros de argila. Já as depressões localizam-se no sertão de Rio Grande do Norte, área extremamente árida devido aos baixos índices pluviométricos. O pico mais alto do estado é a serra do Coqueiro, cuja altitude é de 868 m.

Dunas em Galinhos, Rio Grande do Norte.
Dunas em Galinhos, Rio Grande do Norte.

Biomas como Caatinga e Mata Atlântica, dunas e manguezais são comuns no estado. A Caatinga está presente nas áreas interioranas. Vegetação acostumada ao clima quente e seco, ocupa o semiárido do Rio Grande do Norte, em uma área aproximada de 80% do território estadual. Já os outros biomas são comuns no litoral, na chamada Zona da Mata do Nordeste.

Os índices pluviométricos do estado variam entre 400 mm e 1200 mm anuais. Podemos dividir o clima do estado em Tropical Úmido, nas áreas costeiras, e Tropical Semiárido, mais ao centro e interior. Com verões chuvosos e invernos secos, a chuva se concentra entre janeiro e julho, variando conforme as localidades geográficas.

Rios como o Apodi-Mossoró, Potengi e Piranhas são os maiores do estado, alimentando cerca de 90% da população norte-rio-grandense. Açudes e barragens são comuns para represar água e enfrentar estiagens no sertão. Rio Grande do Norte está inserido no chamado Polígono das Secas, área de extrema aridez do Nordeste brasileiro.

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História do Rio Grande do Norte

O território norte-rio-grandense, durante o século XVI, foi alvo de invasões francesas, por volta de 1535. Em meados de 1590, portugueses conseguiram expulsar os franceses e iniciar a ocupação e colonização territorial. Nessa época foi construída a Fortaleza dos Reis Magos, um forte necessário para garantir a posse e proteção da região.

Forte dos Reis Magos, Natal, Rio Grande do Norte.
Forte dos Reis Magos, Natal, Rio Grande do Norte.

Em 1630, holandeses invadiram a capitania de Pernambuco, que na época era a maior produtora de açúcar do país. Três anos depois, invadiram o Rio Grande do Norte, dominando a capital Natal e alterando seu nome para Nova Amsterdã.

Durante a ocupação holandesa, diversos conflitos emergiram no Rio Grande do Norte. Após a expulsão desses europeus, os conflitos continuaram, principalmente entre portugueses e tapuias, povo indígena que habitava a região antes da chegada dos lusitanos. Um dos mais famosos ficou conhecido como Guerra dos Bárbaros, na década de 1680.

Em 1701, Rio Grande do Norte foi submetido à capitania de Pernambuco e, anos depois, à Paraíba. Durante as revoltas ocorridas no fim do século XVIII e início do XIX, lideranças do estado se mostraram adeptas à separação de Paraíba, apoiando as causas da Revolução Pernambucana, em 1817.

No ano seguinte, em 1818, o Rio Grande do Norte adquiriu autonomia graças a um alvará régio, documento comum em governos de monarquia. Após a proclamação da república, em 1899, a então província do Rio Grande do Norte assumiu o posto de Unidade da Federação, com status de estado e ente federativo.

Mapa do Rio Grande do Norte

Demografia do Rio Grande do Norte

Em 2020, de acordo com dados do IBGE, a população norte-rio-grandense era de, aproximadamente, 3,6 milhões de habitantes. As influências portuguesa, indígena e africana são significativas na população do estado.

As cidades mais populosas estão no litoral, concentrando as principais atividades econômicas, como turismo e exploração de recursos minerais. A capital Natal é a que possui o maior quantitativo de habitantes. Em 2020, a população natalense era de 890.480 pessoas.

Vista aérea de Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Vista aérea de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Outras cidades como Mossoró (300.618 pessoas), Parnamirim (267.036 pessoas) e São Gonçalo do Amarante (103.672 pessoas) também se destacam nos índices populacionais. Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano do estado era de 0,684, o 16º no ranking nacional.

Divisão geográfica do Rio Grande do Norte

Segundo a divisão regional do Brasil em regiões intermediárias proposta pelo IBGE em 2017, o Rio Grande do Norte conta com três regiões intermediárias e 11 regiões imediatas.

Regiões geográficas intermediárias do Rio Grande do Norte.
LRegiões geográficas intermediárias do Rio Grande do Norte.

Fonte: IBGE

As três regiões intermediárias e suas respectivas regiões imediatas são:

  • Região Intermediária Natal: Santo Antônio-Passa e Fica-Nova Cruz, Canguaretama, Santa Cruz, João Câmara, e São Paulo do Potengi.

  • Região Intermediária Caicó: Caicó e Currais Novos.

  • Região Intermediária Mossoró: Mossoró, Pau dos Ferros e Açu.

Economia do Rio Grande do Norte

Rio Grande do Norte possui uma economia diversificada, com atuação dos três setores da economia. Na agricultura, o cultivo de frutas como melão, abacaxi e mamão contribui para a economia regional, sendo elas exportadas para outros estados e países. Cidades como Mossoró, Touros e Ceará-Mirim são protagonistas nessa atividade.

O estado é responsável por 95% da produção de sal do país, nas áreas litorâneas e região metropolitana de Natal. Além do sal, recursos como gás natural e petróleo também são explorados. Devido à localização geográfica, Rio Grande do Norte possui um bom desempenho na produção de energia eólica, obtendo a maior produção nacional desse tipo de energia renovável.

O setor terciário é a principal fonte de renda do estado, principalmente no ramo turístico. Rio Grande do Norte conta com belíssimas praias e dunas que atraem turistas do mundo todo, além de pontos turísticos famosos, como a Fortaleza dos Reis Magos, o morro do Careca e o Farol de Galinhos.

Morro do Careca, Natal, Rio Grande do Norte.
Morro do Careca, Natal, Rio Grande do Norte.

Praias como de Pipa, do Amor, de Genipabu e de Ponta Negra estão entre as mais visitadas. O turista, ainda, pode adquirir produtos feitos com renda de bilro, uma herança dos portugueses que fortalece a economia local.

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Governo do Rio Grande do Norte

O governo norte-rio-grandense é exercido pelo governador do estado, chefe do Executivo local, eleito com eleições periódicas realizadas de quatro em quatro anos. A sede do governo do estado é o Palácio de Despachos de Lagoa Nova, localizado na capital Natal.

O Palácio foi construído na década de 1970, mas só foi conduzido à sede do governo estadual em 1995.

Bandeira do Rio Grande do Norte

Bandeira do Rio Grande do Norte.
Bandeira do Rio Grande do Norte.

Infraestrutura do Rio Grande do Norte

Natal possui o primeiro aeroporto do Brasil concedido à iniciativa privada. O Aeroporto Internacional de Natal Governador Aluízio Alves é o maior exportador de cargas do Nordeste, além de ter a maior capacidade de pista da região.

Além desse aeroporto, o estado conta com boa malha rodoviária e alguns trechos de ferrovias. Entretanto, essa infraestrutura não é suficiente para atender à pujante economia estadual, sendo necessário obras de ampliação e conexão com áreas interioranas.

No campo rodoviário, cinco rodovias federais possibilitam a integração no estado e com outros territórios, como os portos do Pecém, no Ceará, Cabedelo, na Paraíba, e Suape, em Pernambuco. São elas:

  • BR-101, que liga o litoral norte-rio-grandense a outros 20 estados do Brasil;

  • BR-226, interligando o Rio Grande do Norte ao Tocantins;

  • BR-304, que conecta o estado ao Ceará;

  • BR-405, que atravessa a Paraíba e vai para o interior do Rio Grande do Norte;

  • BR-406, correndo apenas em território norte-rio-grandense, e liga Natal a Macau.

Rio Grande do Norte, ainda, conta com três portos que atuam de maneira trivial no escoamento da produção agroindustrial do estado: o Porto de Natal, o Porto-Ilha de Areia Branca e o Porto de Guamaré, todos localizados nas cidades de mesmo nome.

O Porto-Ilha de Areia branca é específico para o escoamento da produção de sal marítimo, que é feita no noroeste do estado. Já o Porto de Guamoré é utilizado para embarque e desembarque de pequenas e médias cargas, sob a responsabilidade da Petrobrás, e dos produtos da refinaria Clara Camarão.

Cultura do Rio Grande do Norte

A forte miscigenação que moldou o povo norte-rio-grandense está presente na cultura do estado. Portugueses, negros e indígenas deram sua contribuição tanto na formação social quanto nos costumes, aspectos gastronômicos e manifestações artísticas e religiosas.

Festas religiosas, danças populares (forró, quadrilhas e bumba meu boi) e literatura de cordel marcam a vida do povo de Rio Grande do Norte.

Passeios de buggys são comuns nas praias norte-rio-grandenses.
Passeios de buggys são comuns nas praias norte-rio-grandenses.

O folclore brasileiro marca presença forte no estado, com eventos que reúnem pessoas de todo o Nordeste, como Boi de Reis, Congos, Coco de Roda, Araruna e Lapinha. Esses são apenas alguns exemplos da rica cultura norte-rio-grandense.

O gentílico potiguar, em tupi-guarani, significa “comedor de camarão”. Esse gentílico faz jus à enorme quantidade de receitas com esse crustáceo no Rio Grande do Norte. No estado, é comum o hábito de comer caranguejos cozidos no leite de coco, paçoca de pilão e a famosa carne de sol com macaxeira (aipim ou mandioca, dependendo do estado brasileiro). 

Por: Átila Matias

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