Subordinadas substantivas subjetivas ou subordinadas substantivas objetivas diretas?

Traços específicos demarcam as subordinadas substantivas subjetivas e as objetivas diretas
Traços específicos demarcam as subordinadas substantivas subjetivas e as objetivas diretas

Permeados em meio ao universo gramatical, por vezes nos deparamos e, por que não dizer, esbarramos, em alguns questionamentos, cujas razões se revelam pelo fato de que os fatos linguísticos, uma vez caracterizados, tornam-se muito semelhantes uns aos outros, como é o caso do complemento nominal e do objeto direto, do complemento nominal e do adjunto adnominal, entre tantos outros.

Dessa forma, pautados nessa prerrogativa, ocupemo-nos em franquear o espaço aqui reservado para que você estabeleça um pouco mais de familiaridade (tão importante quanto necessária) acerca dos traços que demarcam as orações subordinadas subjetivas e as orações subordinadas objetivas diretas, haja vista que ambas representam alvo de questionamentos e até mesmo de alguns equívocos quanto à distinção ora de uma, ora de outra. Nesse sentido, procure se ater a alguns pressupostos decisivos à sua compreensão, de modo a fazer com que você, de uma vez por todas, sane tais percalços linguísticos:

* Caso o sujeito do verbo referente à oração principal se encontrar nela contido, a oração subordinada será o objeto direto, fato esse que nos prova estar se tratando de uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Exemplo:

# Trouxemos o livro que você nos pediu.

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Trouxemos o livrooração principal, cujo verbo é representado por “trouxemos”.

- que você nos pediu - oração subordinada substantiva objetiva direta.

# Não quero que você se sinta culpado pelo acontecido.

Não quero oração principal

- que você se sinta culpado pelo acontecido - oração subordinada substantiva objetiva direta.

* No caso de o sujeito do verbo da oração principal não estiver nela contido, logo, a oração subordinada ocupará sempre tal função (a de sujeito), fato esse que incidirá na classificação dela, a de subjetiva, por excelência. Como bem nos apontam os enunciados que seguem:

# Falou-se que não haveria mudanças a partir daquela data.

Falou-seOração principal

- que não haveria mudanças a partir daquela data. - Oração subordinada substantiva subjetiva, cujo verbo se encontra na voz passiva sintética.

# Foi falado que não haveria mudanças a partir daquela data.

Foi faladooração principal

- que não haveria mudanças a partir daquela data- oração subordinada substantiva subjetiva, cujo verbo se encontra na voz passiva analítica.

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte